Jornada Científica e Tecnológica e Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS, 9ª Jornada Científica e Tecnológica e 6º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS

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ALTERIDADE E IDENTIDADE: a representação dos mouros em “Os Lusíadas”, de Luís de Camões
Daniel Aroni Alves, Carlos Tadeu Siepierski

Última alteração: 2017-09-10

Resumo


O século XVI, marco das grandes navegações, proporcionou aos portugueses a intensificação do contato com o “Outro”, traduzido em outros povos e culturas. Neste período, como registro das aventuras dos viajantes quinhentistas por “mares nunca de antes navegados”, ganham espaço as chamadas narrativas de viagem, sendo “Os Lusíadas” (1572), de Luís Vaz de Camões, um de seus expoentes. Os 8816 versos do poema trazem a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, com muitas referências aos “Outros”, como mouros, africanos e indianos. Este trabalho objetiva analisar, através do entendimento sobre os conceitos de “alteridade” e “identidade”, como se dá a representação dos mouros na obra. Por meio de uma análise preliminar, é possível perceber que essa representação é eminentemente carregada de negativismo. Os mouros são retratados como os inimigos da pátria lusitana e da expansão da fé e do império. O povo lusitano, por sua vez, é mostrado como o mais probo e digno da proteção divina.


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