A sociabilidade humana está condenada as relações que a engendram. O sociometabolismo do capital perpetua-se a partir de relações estranhadas entre os indivíduos e entre eles e a generalidade humana, fenômeno que Karl Marx alcunhou de estranhamento, este caracteriza-se como barreiras sociais que impedem o homem de reconhecer-se em sua dimensão social, ou seja, como ser social. No entanto, as contradições históricas e sociais criam alternativas para a superação dessa condição inferior em que o homem foi colocado. Desse modo, o ensino técnico integrado ao ensino médio, que se apresenta como integração entre indivíduo e ser social, cria, potencialmente, a possibilidade de superar o estranhamento. No entanto, a educação é um campo em disputa e muitas barreiras devem, ainda, ser superadas, a fim de que se possa concretizar a formação integral do homem. Por meio do referencial teórico-metodológico do materialismo histórico e dialético, buscou-se, neste trabalho, refletir-se sobre as relações contraditórias engendradas pelo conceito de ensino integral e suas relações com o fenômeno do estranhamento.