Destina-se, a partir deste estudo, corroborar para o entendimento do fenômeno portuário como um elemento eminentemente geográfico.  As discussões recentes que se faz no âmbito das infraestruturas portuárias as concebem meramente como elementos técnicos, dotados de nenhuma relação com os aspectos da sociedade (população) e que se delimitam em um começo e um fim em si mesmo. Para a concepção deste estudo, buscou-se apresentar alguns fatores que evidenciam a posição que os portos brasileiros desempenham em níveis regionais, considerando as especializações produtivas do território, assim como apresenta detalhes introdutórios sobre as dinâmicas atuais da administração das infraestruturas que se alterou drasticamente ao longo das décadas. Historicamente, as imposições internacionais foram responsáveis por organizar o espaço econômico brasileiro de fora, enquanto o Estado, internamente, o ordenava e planejava o território.  Atualmente, ambas as instituições (corporações e Estado) delimitam quais os rumos a seguir neste período de globalização e mundialização do capital.