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Trata-se de uma pesquisa bibliográfica cuja busca foi realizada nas bases de dados LILACS e SCIELO, sendo selecionados oito artigos de autoria de pesquisadores brasileiros estudiosos sobre o tema violência obstétrica, publicados a partir de 1990. Esta pesquisa teve como objetivo analisar através da literatura a relação entre a violência obstétrica e a categoria gênero. A partir da análise dos textos quatro temas foram selecionados para discussão, que são: “Nosso corpo nos pertence”, parto: das mãos das mulheres para as mãos dos médicos, as várias faces da violência obstétrica e a violência obstétrica como violência de gênero. A análise dos textos demonstrou que as mulheres vêm sofrendo, ao longo dos tempos, inúmeras formas de violência durante a assistência ao parto, tendo como principais a negligência, a violência física, a violência verbal e o abuso sexual. Com isso, o estudo apresentou que a violência obstétrica é uma realidade vivenciada pelas mulheres em nossa sociedade. E esta violência é o reflexo das relações de poder exercida sobre as mulheres, sendo que os profissionais de saúde, por considerarem-se os conhecedores do processo, impõe seu poder sobre a mulher, promovendo com isso, a violência. Esta violência é o contraponto do cuidado, que deveria ser o pilar principal da assistência prestada à parturiente. Diante do exposto, o presente estudo nos apresenta a importância na mudança de condutas dos profissionais que assistem aos partos, e que esta conduta seja pautada nos princípios da humanização.