Última alteração: 2018-09-15
Resumo
RESUMO
Educação em saúde é qualquer ação desenvolvida com o objetivo de promover saúde, qualidade de vida e prevenir agravos. As políticas de saúde reconhecem o espaço escolar como espaço privilegiado para práticas promotoras da saúde, preventivas e de educação para saúde. Objetivo: Descrever a experiência de uma ação educativa desenvolvida pelos alunos do curso de Técnico em Enfermagem. Trata-se de um relato de experiência de educação em saúde. Foram palestras realizadas pelos alunos, dirigida aos estudantes do 9º ano do ensino médio em uma escola municipal. Os temas trabalhados foram: Alcoolismo e Tabagismo, Sexo Seguro Adolescência e Uso de drogas ilícitas. A atividade teve êxito na parceria proposta, boa aceitação despertando interesse e questionamentos pelos adolescentes, que foram ouvintes nesse processo. Dificuldades: orientar os adolescentes e interesse da escola em trabalhar tais temas. O encontro Saúde e Educação mostrou-se um campo fértil para enfrentar o desafio de prevenir questões importantes que afetam a sociedade como um todo, além de se mostrar uma estratégia de ensino apropriada para articular a teoria estudada e a prática aplicada.
Palavras-chave: Enfermagem; Educação em Saúde; Escola; Adolescentes; Álcool e Drogas.
1. INTRODUÇÃO
Entende-se por educação em saúde qualquer ação desenvolvida com o objetivo de promover saúde, qualidade de vida e prevenir agravos. O termo ação refere-se a medidas comportamentais adotadas por uma pessoa, grupo ou comunidade para alcançar um efeito intencional sobre a própria saúde.
Na prática, a educação em saúde constitui apenas uma fração das atividades técnicas voltadas para a saúde, prendendo-se especificamente à habilidade de organizar logicamente o componente educativo de programas que se desenvolvem em quatro diferentes ambientes: a escola, o local de trabalho, o ambiente clínico, em seus diferentes níveis de atuação, e a comunidade (CANDEIAS, 1997).
A escola, que tem como missão primordial desenvolver processos de ensino-aprendizagem, desempenha papel fundamental na formação e atuação das pessoas em todas as arenas da vida social. Juntamente com outros espaços sociais, ela cumpre papel decisivo na formação dos estudantes, na percepção e construção da cidadania e no acesso às políticas públicas. Desse modo, pode tornar-se locus para ações de promoção da saúde para crianças, adolescentes e jovens adultos (BRASIL, 2009).
As políticas de saúde reconhecem o espaço escolar como espaço privilegiado para práticas promotoras da saúde, preventivas e de educação para saúde (BRASIL, 2009).
Esse relato tem como objetivo descrever a experiência de uma ação educativa desenvolvida pelos alunos do curso de Técnico em Enfermagem do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Passos.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de um relato de experiência de educação em saúde desenvolvida pelos alunos do 3º módulo do curso de Técnico em Enfermagem, inserido no programa da disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente, em maio de 2017.
O relato de experiência é um texto que descreve precisamente uma dada experiência que possa contribuir de forma relevante para sua área de atuação. O relato de experiência possibilita a descrição precisa de uma experiência vivenciada que possa contribuir de forma relevante para a área de atuação profissional, trazendo motivações, considerações e/ou impressões que a vivência trouxe àquele que a viveu(OLIVEIRA, 2012).
A atividade foi proposta pela coordenação do curso, juntamente com a docente da referida disciplina. Ocorreu através de palestras realizadas pelos alunos do curso de Técnico em Enfermagem e dirigida aos estudantes do 9º ano do ensino médio em uma escola municipal. A escolha dos temas se deu em razão das necessidades de saúde observadas nos indicadores do Município para prevenção de agravos na população adolescente. Por isso as prioridades elencadas foram: Alcoolismo e Tabagismo, Sexo Seguro Adolescência e Uso de drogas ilícitas.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Esta experiência foi realizada pela parceria entre o curso de Enfermagem do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Passos e a Secretaria Municipal de Saúde e Educação.
Após a proposta aceita, devidamente autorizada e comunicada, realizamos o contato com a coordenação da escola, combinamos os dias e horários da ação utilizando aproximadamente uma hora aula para cada tema, com a presença do professor em sala da aula. Toda a atividade foi planejada e executada pela coordenação e docente do curso de enfermagem. Os temas foram distribuídos e os alunos foram orientados durante o período letivo para prepararem material educativo e montarem suas palestras.
A atividade teve um bom êxito na parceria proposta, com boa aceitação pelos alunos envolvidos na prática educativa, despertando interesse e questionamentos nos alunos do 9º ano do ensino médio, que foram ouvintes nesse processo.
Diante da grande dificuldade em orientar os adolescentes e da necessidade da escola em trabalhar tais temas, o encontro Saúde e Educação mostrou-se um campo fértil para enfrentar o desafio de prevenir questões importantes que afetam a sociedade como um todo, além de se mostrar uma estratégia de ensino apropriada para articular a teoria estudada e a prática aplicada.
4. CONCLUSÕES
Espera-se que a escola deve ser entendida como um espaço de relações, um espaço privilegiado para o desenvolvimento crítico e político, contribuindo na construção de valores pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere diretamente na produção social da saúde (BRASIL, 2009).
A articulação educação e saúde encontra-se pautada tanto nas ações dos serviços de saúde, quanto de gestão e de instituições formadoras. Entende-se que é necessário realizar propostas de educação permanente em saúde com a participação de profissionais dos serviços, professores e alunos de todos os níveis das instituições de ensino.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 96 p.
CANDEIAS, N.M.F. Conceitos de educação e de promoção em saúde: mudanças individuais e mudanças organizacionais. Rev. Saúde Pública, 31 (2): 209-13, 1997.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. - 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.
HERMIDA, P.M.V, BARBOSA, S.S. & HEIDEMANN, I.T.S.B. Metodologia ativa de ensino na formação do enfermeiro: inovação na atenção básica. Rev Enferm UFSM, Out./Dez.;5 (4), 9 p., 2015.
MICCAS, F.L & Batista, S.H.S.S. Educação permanente em saúde. Rev Saúde Pública, 48(1):170-185, 2014.
Oliveira AR. Do relato de experiência ao artigo científico: questões sobre gênero, representações e letramento na formação de professores a distância. Revista Scripta, Belo Horizonte, v.16, n.30, 2012. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/4253>. Acesso em: 28 ago. 2017.